Eu não estou neste mundo para viver as suas expectativas.
E você não está neste mundo para viver as minhas.
Você é você, e eu sou eu,
E, se por acaso, nós nos encontrarmos, será ótimo.
Se não, nada se pode fazer. [Pearls]

É importante este desprendimento...isso é liberdade, amor, verdade....
muito além da nossa compreensão, e das nossas possibilidades mortais...
É importante o ato de sabermos que só estamos junto de algo
ou de alguém por que de fato queremos estar...
É importante saber que somos livres para ir e vir...

sábado, 27 de março de 2010

Um mestre de Zen não é simplesmente um professor.
Em todas as religiões, há apenas professores.
Eles ensinam a respeito de assuntos que você não conhece,
e lhe pedem para acreditar no que dizem, porque não há
jeito de transformar essa experiência em realidade objetiva.
O professor tampouco as vivenciou - ele acreditou nelas,
e transmite a sua crença para outras pessoas.
O Zen não é o mundo do crente.
Não é para fiéis;
o Zen é destinado àquelas almas ousadas que são capazes
de desfazer-se de toda crença, descrença, dúvida, razão,
mente, e mergulhar simplesmente na sua existência pura,
sem fronteiras.
Ele traz, porém, uma transformação tremenda.
Permitam-me, portanto, dizer que, enquanto
outros caminhos estão envolvidos com filosofias,
o Zen está envolvido com metamorfose,
com uma transformação.
Trata-se de uma alquimia autêntica: o Zen transforma
você de metal comum em ouro.
Mas a sua linguagem precisa ser entendida,
não com o seu raciocínio e o seu intelecto,
mas com o seu coração amoroso.
Ou até mesmo simplesmente escutar,
sem se importar se é verdade ou não.
Um momento chega, repentinamente, em que
você enxerga aquilo que não percebeu a vida inteira.
De repente, abre-se aquilo que o Buda Gautama
denominou
"oitenta e quatro mil portas".

Comentário:


A figura central desta carta está sentada sobre
a enorme
flor do vazio, e segura os símbolos da transformação
- a espada que corta a ilusão,
a serpente que se rejuvenesce trocando de pele,
a corrente partida das limitações, e o símbolo yin/yang
da transcendência da dualidade.
Uma das mãos repousa no seu colo, aberta e receptiva.
A outra está embaixo, tocando a boca de
um rosto adormecido, simbolizando o silêncio que
se instaura quando estamos em repouso.
Este é um momento para uma passividade profunda.
Aceite qualquer dor, tristeza ou dificuldade,
conforme-se com o "fato consumado".
É muito semelhante à experiência do Buda Gautama
quando, após anos de busca, ele finalmente desistiu,
sabendo que não havia nada mais que pudesse fazer.
Naquela mesma noite ele se tornou iluminado.
A transformação chega, como a morte,
no seu devido momento.
E também como a morte,
ela transporta você de uma dimensão para outra.

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