Eu não estou neste mundo para viver as suas expectativas.
E você não está neste mundo para viver as minhas.
Você é você, e eu sou eu,
E, se por acaso, nós nos encontrarmos, será ótimo.
Se não, nada se pode fazer. [Pearls]

É importante este desprendimento...isso é liberdade, amor, verdade....
muito além da nossa compreensão, e das nossas possibilidades mortais...
É importante o ato de sabermos que só estamos junto de algo
ou de alguém por que de fato queremos estar...
É importante saber que somos livres para ir e vir...

sábado, 6 de março de 2010

Os amantes - Osho


É preciso ter em mente estas três coisas:
o amor de nível inferior é o sexo - este é físico
e o refinamento maior do amor é a compaixão.
O sexo encontra-se abaixo do amor,
a compaixão está acima dele;
o amor fica exatamente no meio.
Bem pouca gente sabe o que é o amor.
Noventa e nove por cento das pessoas, infelizmente,
pensa que sexualidade é amor - não é.
A sexualidade é por demais animal; certamente,
ela contém o potencial para transformar-se em amor,
mas ainda não é amor, apenas potencial...
Se você se tornar consciente e alerta, meditativo,
então o sexo poderá ser transformado em amor.
E se a sua atitude meditativa tornar-se total, absoluta,
o amor poderá ser transformado em compaixão.
O sexo é a semente, o amor é a flor,
compaixão é a fragrância.
Buda definiu a compaixão como sendo
"amor mais meditação".
Quando o seu amor não é apenas um desejo pelo outro,
quando o seu amor não é apenas uma necessidade,
quando o seu amor é um compartilhar,
quando seu amor não é de um pedinte,
mas de um imperador, quando o seu amor não está pedindo
nada em troca, mas está pronto para dar apenas
- dar só pela total alegria de dar, então, acrescente
a meditação a ele, e a pura fragrância é exalada.
Isso é compaixão; compaixão é o fenômeno mais elevado.

Comentário:

Aquilo que chamamos de amor é na verdade todo um

espectro de modos de se relacionar, abrangendo
desde a terra até o céu.
No nível mais terreno, o amor é a atração sexual.
Muitos de nós continuamos presos nesse nível,
porque o condicionamento a que fomos submetidos
sobrecarregou nossa sexualidade com toda sorte
de expectativas e de repressões.
Na verdade, o maior "problema" do amor sexual
é que ele nunca perdura.
Só quando aceitamos tal fato é que podemos celebrá-lo
pelo que ele realmente é - dar as boas-vindas a seu
aparecimento, e dizer adeus com gratidão quando ele se vai.
Então, à medida que vamos amadurecendo,
podemos vivenciar o amor que existe além da sexualidade,
e que honra a individualidade singular do outro.
Começamos a compreender que o nosso parceiro funciona
freqüentemente como um espelho, refletindo aspectos
desconhecidos do nosso ser mais profundo, e
ajudando-nos a nos tornarmos completos em nós mesmos.
Esse amor é baseado na liberdade, não em expectativas
nem na necessidade.
Em suas asas, somos levados cada vez mais alto em direção
ao amor universal, que vivencia tudo como uma coisa só.

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