Eu não estou neste mundo para viver as suas expectativas.
E você não está neste mundo para viver as minhas.
Você é você, e eu sou eu,
E, se por acaso, nós nos encontrarmos, será ótimo.
Se não, nada se pode fazer. [Pearls]

É importante este desprendimento...isso é liberdade, amor, verdade....
muito além da nossa compreensão, e das nossas possibilidades mortais...
É importante o ato de sabermos que só estamos junto de algo
ou de alguém por que de fato queremos estar...
É importante saber que somos livres para ir e vir...

domingo, 27 de maio de 2012

quinta-feira, 10 de maio de 2012

De repente tudo muda, radicalmente...
as idéias, os conceitos, o olhar, o entender, o aceitar... tudo amanhece o dia e está tudo diferente....
No começo é difícil entender, mas as coisas vão clareando e devagar vem o entendimento.
São amigos que se vão, é hora de partir, mudamos o olhar, e eles se tornam desconhecidos, talvez, na verdade, nem bem amigos eram, eram apenas conhecidos...
Muitas vezes, as pessoas simplesmente vão embora da nossa vida, outras, elas precisam sair... e não são porque as máscaras caem, é porque o nosso olhar fica mais limpo.
As vezes gostamos tanto de determinada pessoa que por mais que sejamos avisado, nunca acreditamos, sempre achamos impossível ser verdade, mas acredite, quando muitas pessoas falam a mesma coisa e só a gente acha o contrário, a possibilidade de estarmos errados é praticamente 100%.
Infelizmente as pessoas são assim, usam umas as outras, e usam várias, vão fazendo suas armadilhas e se por acaso, duas possíveis "presas" se encontram, ela precisa acabar com isso e vai atacar a que tem menos a oferecer no momento, a mais difícil de se deixar enganar,,,
O mais perigoso é quando estamos "vulneráveis", temos algum problema, alguma fraqueza, seja um casamento que vai mal, uma doença, um término de relacionamento, a perda do emprego, enfim, qualquer coisa que nos deixe emocionalmente vulnerável.. é a porta aberta para que se aproveitem para sugar o pouco que resta, se fazendo de amigos (as)...
O mais triste é ver uma pessoa que gostamos send usurpada desta maneira, uma pessoa que entra na nossa vida e nem sabemos como e porque, quando vimos ela está ali... pensamos ser por um motivo e quando menos esperamos, o motivo é completamente diferente!
Há muito aprendi, que muitas vezes, Deus nos mostra e nos deixa perceber algumas coisas que estão para acontecer, não para que possamos precaver ou alertar, mas para que estejamos preparados, para quando a bomba explodir, termos discernimento e força para amparar quem sofre... só resta aguardar e ver o que vem por ai...
Mas... as mudanças são ótimas, foram tantas juntas e misturadas, que analisando de maneira racional, todas foram para melhor, saem coisas da nossa vida para liberar espaço para que cheguem outras novas.
Vão-se amigos, chegam outros, reaproxima alguns meio esquecidos, muda-se o cenário, passamos a enxergar com clareza outros pontos...
Mudar é bom, é crescimento, é aprendizado, que venham todas!!!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Intensidade - primeira carta do ano... vamos lá!!!

O Zen diz: Considere todos os grandes ditos e os grandes ensinamentos, como seus inimigos mortais. Evite-os, porque você precisa encontrar a sua própria fonte.
Você não tem que ser um seguidor, um imitador. Você precisa ser um indivíduo original; precisa encontrar por si mesmo o seu âmago mais profundo, sem nenhum guia, sem escrituras que o orientem. É uma noite escura, mas com a chama intensa dessa busca, você está destinado a chegar até o nascer do sol.
Todos os que arderam com uma intensa procura, encontraram o nascer do sol. Outros limitam-se a acreditar. Esses que acreditam não são religiosos; eles estão simplesmente evitando, com essa crença, a grande aventura da religião.

A figura desta carta assumiu a forma de uma seta, movendo-se com o foco unidirecionado daquele que sabe precisamente onde está indo. Movimenta-se com tamanha velocidade que quase se transformou em pura energia. Sua intensidade não deve, porém ser confundida com a energia obsessiva que faz as pessoas dirigirem seus carros à velocidade máxima para ir do ponto A para o ponto B. Esse tipo de intensidade pertence ao mundo horizontal do espaço/tempo. A intensidade representada pelo Cavaleiro do Fogo é pertinente ao mundo vertical do momento instantâneo -- um reconhecimento de que agora é o único momento que existe, e de que aqui é o único espaço.
Quando você age com a intensidade do Cavaleiro do Fogo, é provável que isso provoque ondulação nas águas à sua volta. Alguns irão sentir-se valorizados e renovados pela sua presença, outros poderão sentir-se ameaçados ou incomodados. As opiniões alheias importam pouco, porém; nada poderá detê-lo neste momento.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Para começar bem o ano - "A Mulher Selvagem....."

A mulher selvagem em quase tudo é uma mulher comum: pega metrô lotado, aproveita as promoções, bota o lixo para fora e tem dia que desiste de sair porque se acha um trapo. Porém em tudo que faz exala um frescor de liberdade. E também dá arrepios: você tem a impressão que viu uma loba na espreita. Você se assusta, olha de novo... e quem está ali é a mulher doce e simpática, ajeitando dengosa o cabelo, quase uma menininha. Mas por um segundo você viu a loba, viu sim. É ela, a mulher selvagem.
A sociedade tenta mas não pode domesticá-la, ela se esquiva das regras. Quando você pensa que capturou, escapole feito água entre os dedos. Quando pensa que finalmente a conhece, ela surpreende outra vez. Tem a alma livre e só se submete quando quer. Por isso escolhe seus parceiros entre os que cultuam a liberdade. E como os reconhece? Como toda loba, pelo cheiro, por isso é bom não abusar de perfumes. Seu movimento tem graça, o olhar destila uma sensualidade natural - mas, cuidado, não vá passando a mão. Ela é um bicho, não esqueça. Gosta de afago mas também arranha.
Repare que há sempre uma mecha teimosa de cabelo: é o espírito selvagem que sopra em sua alma a refrescante sensação de estar unida à Terra. É daí que vem sua beleza e força. E sua sabedoria instintiva. Sim, ela é sábia pois está em harmonia com os ritmos da Natureza. Por isso conhece a si mesma, sabe dos seus ciclos de crescimento e não sabota a própria felicidade. Como todo bicho ela respeita seu corpo mas nem sempre resiste às guloseimas. Riponga do mato, gabriela brejeira? Não necessariamente, a maioria vive na cidade. E há dias paquera aquele pretinho básico da vitrine. E adora dançar em noite de lua. Ah, então é uma bruxa... Talvez, ela não liga para rótulos. Sabe que a imensidão do ser não cabe nas definições.
Mulheres gostam de fazer mistério. Ela não, ela é o mistério. Por uma razão simples: a mulher selvagem sabe que a vida é uma coisa assombrosa e perfeita, e viver o mais sagrado dos rituais. Ela sente as estações e se movimenta de acordo com os ventos, rindo da chuva e chorando com os rios que morrem. Coleciona pedrinhas, fala com plantas e de uma hora para outra quer ficar só, não insista. Não, ela não é uma esotérica deslumbrada mas vive se deslumbrando: com as heroínas dos filmes, aquela livraria nova, o CD do fulano... Ela se apaixona, sonha acordada e tem insônia por amor. As injustiças do mundo a angustiam mas ela respira fundo e renova sua fé na humanidade. Luta todos os dias por seus sonhos, adormece em meio a perguntas sem respostas e desperta com o sussurro das manhãs em seu ouvido, mais um dia perfeito para celebrar o imenso mistério de estar vivo.
Ela equilibra em si cultura e natureza, movendo-se bela e poética entre os dois extremos da humana condição. Ela é rara, sim, mas não é uma aberração, um desvio evolutivo. Pelo contrário: ela é a mais arquetípica e genuína expressão da feminilidade, a eterna celebração do sagrado feminino. Ela está aí nas ruas, todos os dias. A mulher selvagem ainda sobrevive em todas as mulheres mas a maioria tem medo e a mantém enjaulada. Ela é o que todas as mulheres são, sempre foram, mas a grande maioria esqueceu.
Felizmente algumas lembraram. Foram incompreendidas, sim, mas lamberam suas feridas e encontraram o caminho de volta à sua própria natureza


Ricardo Kelmer