Eu não estou neste mundo para viver as suas expectativas.
E você não está neste mundo para viver as minhas.
Você é você, e eu sou eu,
E, se por acaso, nós nos encontrarmos, será ótimo.
Se não, nada se pode fazer. [Pearls]

É importante este desprendimento...isso é liberdade, amor, verdade....
muito além da nossa compreensão, e das nossas possibilidades mortais...
É importante o ato de sabermos que só estamos junto de algo
ou de alguém por que de fato queremos estar...
É importante saber que somos livres para ir e vir...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O Coração Tolo - A louca sabedoria de Franscisco de Assis

O coração tem razões que a mente desconhece.
O coração tem sua própria dimensão de ser,
que é completamente oculta para a mente.
O coração é mais elevado e mais profundo
do que a mente, está além do alcance dela.
Isso parece bobagem.
O amor sempre parece bobo porque não é utilitário.
A Mente é utilitária.
Para ela, todas as coisas têm algum propósito -
esse é o sentido de ser utilitária.
Mente é resoluta, orientada para um fim;
ela transforma tudo em um meio, e o amor não pode
ser transformado em um meio, esse é o problema.
O amor em si mesmo é a meta.


Tolos possuem uma sabedoria sutíl neles,
e os sábios agem como tolos.
Antigamente, todos os imperadores tinham
um bobo da corte.
Também tinham sábios, conselheiros, ministros
e primeiro ministros, mas sempre mantinham
um bobo na corte. Porque?
– porque existem coisas que os assim chamados
sábios não serão capazes de entender,
coisas que somente um bobo pode entender
– isso porque aqueles que se dizem sábios são tão tolos
que a esperteza e inteligência deles fecham suas mentes.
Um bobo da corte é tolo, e eles eram necessários porque
há coisas que os sábios não diriam por medo do imperador.
Um tolo não tem medo de ninguém,
irá falar não importa as consequências.
É assim que os tolos agem, de forma simples,
sem pensar qual será o resultado.
Um homem sensato sempre pondera o resultado, depois age.
O pensamento vem primeiro, depois a ação;
um homem tolo age, o pensamento nunca vem antes.
Sempre que alguém realiza o supremo,
ele não é como seus sábios.
Ele não pode ser.
Pode ser como seus bobos, mas não como seus sábios.
Quando São Francisco tornou-se iluminado
ele costumava chamar a si mesmo de “Bobo de Deus.”
O papa era um sábio, e quando São Francisco foi vê-lo
mesmo o papa achou que esse homem havia enlouquecido.
Ele era inteligente, calculista, esperto, do contrário
como teria se tornado papa?
Para tornar-se um papa é preciso ser muito hábil na política.
Para tornar-se um papa diplomacia é necessária,
uma competição agressiva é necessário para
deixar para trás os oponentes, para usar os outros
como escada e depois derrubá-los.
Tudo isso é política... pois o papa é um líder político.
A religião é secundária, ou absolutamente nada.
Como pode um homem religioso lutar
e ser agressivo por um posto?
Eles são somente políticos.
São Francisco veio falar com o papa, e o papa achou
que esse homem era um tolo.
Mas as árvores, os pássaros e os peixes
pensavam de maneira diferente.
Quando São Francisco ia até o rio os peixes

saltavam em celebração por sua vinda.
Milhares de pessoas presenciaram esse fenômeno –
milhões de peixes saltavam simultaneamente; todo o rio
ficava tomado por peixes que saltavam simultaneamente.
São Francisco havia chegado e os peixes estavam felizes.
E aonde quer que ele fosse os pássaros o seguiam
e vinham pousar na perna dele, em seu colo.
Eles entendiam esse tolo melhor do que o papa.
Até mesmo árvores que tinham secado e
estavam morrendo voltavam a verdejar e
a florescer novamente se São Francisco chegasse perto.
As árvores compreendiam que esse tolo
não era um bobo qualquer;
ele era o "bobo de Deus".

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