Você está fora da prisão, fora da gaiola;
pode abrir as asas e o céu inteiro é seu.
Todas as estrelas e a lua e o sol, pertencem a você.
Você pode desaparecer no azul do além...
Basta desfazer-se do apego a essa gaiola.
Saia dela, e o céu inteiro será seu.
Abra as suas asas e voe passando à frente do sol,
como uma águia.
No céu interior, no mundo interior,
a liberdade é o valor mais alto - tudo o mais é secundário,
inclusive a bem-aventurança, o êxtase.
Existem milhares de flores, elas são incontáveis,
mas todas elas só se tornam possíveis
em clima de liberdade.
O pássaro retratado nesta carta está olhando para fora,
do que parece ser uma gaiola.
Não há porta; na verdade, as barras estão desaparecendo.
As grades eram uma ilusão, e esta avezinha está
sendo atraída pela graça, pela liberdade e
pelo encorajamento das outras.
Ela está abrindo suas asas,
pronta para alçar vôo pela primeira vez.
O surgimento de uma nova compreensão -
o de que a gaiola sempre esteve aberta e
o céu sempre esteve ali para que nós o explorássemos
pode fazer com que nos sintamos
um pouco abalados de início.
Está bem, e é natural sentir-se chocado,
mas não deixe que isso desperdice a oportunidade
para vivenciar a leveza de coração e
a aventura que lhe estão sendo oferecidas ali mesmo,
junto com a sensação de abalo.
Deixe-se levar pela delicadeza e gentileza desse momento.
Sinta o bater de asas dentro de você.
Abra as asas e seja livre.
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